Quando ele decide pedir a rapariga em casamento
Calma. A resposta é não. Ainda não.
Não sou eu.
Hoje trago-vos um texto de um amigo que, mesmo sem a pressão de um bouquet, resolveu pedir a sua amada em casamento.
Inacreditável? Ou mais corajoso que alguns P.A's que para aí andam?
Digam-me vocês.
Deixo-vos então com o CR.
Calma. A resposta é não outra vez. Não é o Ronaldo. Nem existem bustos, nem encomendas "aos pares" aqui.
Olá! Sou noivo!
Aliás, sou um entre muitos que sempre sonharam com esta fase até ao dia do grande momento: aquele fato comprado em saldos no ano transacto que com mais 5 quilos já não serve; os amigos e família que parece mal não convidar; o crédito pessoal com juros a 13% para as flores; o fotógrafo que quer ser wedding planner; a wedding planner que quer ser noiva; enfim, toda uma panóplia que nos motiva a encarar e a considerar o amor como algo para toda a vida, pelo menos até que a paciência nos separe!
Mas antes de todo este divagar, existiu um "click" por inacreditável que pareça. Algo que sem saber confessar, me fez integrar o Partido da Monogamia. Acreditar que a minha plenitude, passará por dormir em conchinha sempre com a mesma pessoa, até desenvolver úlceras de pressão ao nível dos trocanteres. [Um pequeno alerta: O CR trabalha na área da saúde, querem saber o que é? Pesquisem que eu também não sabia. Preguiçosos.]
Cerca de dois anos e sete meses foram suficientes para considerar este pensamento. Se existe um tempo ideal prévio de namoro, até um eventual pedido de casamento? Existe: o seu! (desde que não considere o resumo deste tempo a só um dia, e após uma ressaca de quinta-feira no Urban Beach). O tempo deve ser suficiente para que pare, e sozinho pense: "Esta pessoa aceita-me como eu sou? Aceitará as minhas manias e ainda assim, continuará com um brilhozinho nos olhos?".
33 anos de idade, alguns bate-chapas, dois namoros - 5 e 3 anos, considerados protótipos de união de facto, permitiram-me algum "know-how", capaz de ter alguns argumentos, num qualquer debate televisivo contra o Manuel Maria Carrilho.
A pressão social sobre o tema existe e é um preconceito! Se entre as mulheres, o desejo é fervoroso no avanço masculino para uma vida solitária a dois, entre os homens reina a "machesa" de um curriculum vitae preenchido com competências adquiridas através do maior número de nacionalidades femininas possível! Ora, o bullying perante um lobo solitário que se decide "anilhar", é uma premissa constante, nas conversas matinais aquando o café & cigarro!
A questão da idade, também é considerado um factor de pressão, mais no sexo feminino pelo período fértil de ovulação! "33 anos?! Com a tua idade, já tinha os gémeos e estava grávida do Afonso!" (igual a já não posso com as tuas fotos de viagem no Instagram com #metenojo).
Quero acreditar que o Mick Jagger e os seus cerca de vinte filhos, fazem justiça a que nunca é tarde para nada, ao som da "Satisfaction".
Em suma: todo este processo é como um lançamento de pára-quedas, pelo menos, imagino que assim seja, visto nunca ter saltado! A adrenalina e o medo é uma constante até ao "lançamento". O take-off do avião, apesar da proximidade com o céu, faz-nos pensar no harém que deixamos para trás, bem assente na terra, numa saída à noite no Kaxaça.
Depois de "saltar", não há volta a dar. Existem duas opções: sabemos que a sensação de liberdade de voo poderá perdurar até ao final das nossas vidas; Ou a condução do voo da nossa companheira nos faz entrar num estado de inconsciência e passividade, que não nos salvará de um "divórcio" com o pára-quedas de reserva!
CR
CR, obrigado por este verdadeiro serviço público.
Eu já anotei algumas coisas...
E o pedido, como foi? - Perguntam vocês.
Vai ter de ficar para uma próxima!
(imagem)
P.A