O Informático - O primeiro dia
Caríssimos,
Dados os comentários ao post da semana passada de "O que é um informático?" percebi que estamos perante uma situação que exige intervenção do P.A. Poderia ignorar e não fazer nada, mas não consigo.
É como não ajudar uma velhinha a atravessar a estrada. É um assunto que mexe comigo emocionalmente.
Resolvi portanto prolongar e detalhar um pouco mais este tema. Claro que como me afecta de forma muito particular, pode ser que me exacerbe um pouco mais em algumas descrições. Estão avisados.
Apresento-vos então o primeiro dia de aulas na faculdade, o que por si só já é um choque para qualquer curso, mas neste caso ainda é pior.
E porquê? Dou alguns exemplos.
Notem apenas que esta realidade hoje em dia pode estar um pouco menos agreste, mas é a minha história e a de muitos outros que conheci que venho aqui partilhar.
Como qualquer rapaz normal do secundário, vimos formatados de uma rotina de convivência, companheirismo e relacionamento pessoal, hormonal, típico da idade, ou seja, como se diz na gíria "gajas" .
Temos 18 anos caramba!!
Vocês não sabem medir a profundidade do golpe que é estar na flor da idade e não existir a definição de "gaja boa da turma", aliás nem gaja de coisa alguma!
É completamente contranatura! É como termos um Porsche e não conseguir meter a mudança para arrancar! O motor pede, mas falta ali qualquer coisa e não entra! Só faz barulho!
É que para verem bem, até vão mais raparigas por engano à casa de banho dos rapazes no pavilhão de química, por mês, do que às aulas de Programação 1, que foi logo a minha primeira aula. (contaram-me, não estive lá um mês escondido, a vigiar, claro...)
É que até daquela rapariga do secundário que me assustava, tive saudades naquele dia.
Lembro-me perfeitamente de ponderar se estaria realmente a seguir os ideais de Darwin. A procriação da espécie pareceu-me algo impossível naqueles parâmetros, anos e anos de evolução para terminar ali naquele momento, num anfiteatro sem ovários.
Foi aí que percebi que os psicotécnicos do secundário não estariam assim tão errados quando me sugeriam exercer a arte de ser Padre.
E não estou a brincar. Nem eu sabia que isso era uma hipótese!
É que vejam bem, até os padres, que não conduzem aquele tipo de Porsche, têm mais raparigas na audiência..
Enfim...Ámen.
Ámen não pa!
Até nisto!
Áwomen caraças!
P.A