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A minha namorada apanhou o bouquet

Um local de paz e reflexão, mesmo tendo ela apanhado o bouquet.

A minha namorada apanhou o bouquet

Um local de paz e reflexão, mesmo tendo ela apanhado o bouquet.

Qua | 03.07.19

O fim das coisas

P.A

A primeira questão filosófica que o leitor poderá colocar perante o título hoje escolhido será, e bem, "O que é uma coisa?"

 

Lili Caneças uma vez disse (em 1406):

"Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa".

 

E já naquela época Lili tinha razão. Se estás a ler, um beijo Lili. Depois falamos sobre a problemática desta coisa toda.

 

Na realidade a "coisa" é aquela palavra popular, polivalente que se o Macgyver a tivesse à mão ainda tinha feito mais 5 temporadas com ela. A "coisa" é em si uma espécie de canivete suíço linguístico que em caso de Alzheimer temporário nos serve de muleta para desenrascar uma conversa, que é como quem diz, por exemplo, no caso sermos chamados a uma auditoria da Caixa Geral de Depósitos para depor relativamente a um tal, o Coiso, o Berardo.

 

Ah que jeito dá ter sempre a "coisa" ali pronta, na ponta da língua, para nos safar.

 

No entanto, é preciso alguma cautela, nem tudo é um mar de rosas quando se usa a "coisa".

 

Seus marotos, perceberam o duplo sentido das últimas duas frases não foi? São sempre os mesmos estes meus leitores safadolas.

Bom, mas esta incapacidade de chamar os nomes certos às "coisas" certas com ou sem intenção, pode muitas vezes comprometer uma conversa:

 

"O João contou-me outro dia que, antes não, mas agora o coiso dele já era maior que o do Ricardo" - O cabelo

 

"A Maria desde que apanhou aquele choque agora anda sempre agarrada àquela coisa" - A ficha eléctrica

 

E é por isso que hoje vou ter muito cuidado para vos explicar que "coisa" é esta afinal e de que "fim" estamos a falar.

 

Esta "coisa" tem o nome de Palavras Cruzadas e é/foi uma rubrica que começou há quase dois anos. 80 textos depois chegou a um fim.

Foi um prazer escrever com a Rita ao leme em metade deste caminho, mesmo sendo eu o coninhas marinheiro que escolhia os temas mais banais e ela bem mais empenhada em realmente em chegar a bom porto.

 

Rita, com esta coisa, aprendi, escrevi, adaptei, mas acima de tudo adorei este desafio. Vemo-nos por aí para voltar a falar de "coisas".

 

Este foi o 40º texto da rubrica Palavras Cruzadas, criada em parceria com a Rita da Nova.

 

P.A

 

A vocês "coisinhos" que ainda se dão ao trabalho de aqui vir ler as minhas parvoíces, podem continuar a vir que eu não me importo, quando estiver muito indignado com algo, vocês serão os primeiros a saber.

 

Já agora, por falar no fim das coisas - pedi a rapariga do bouquet em casamento...

 

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