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A minha namorada apanhou o bouquet

Um local de paz e reflexão, mesmo tendo ela apanhado o bouquet.

A minha namorada apanhou o bouquet

Um local de paz e reflexão, mesmo tendo ela apanhado o bouquet.

Qua | 05.07.17

Este Ano, Vá Para Fora Cá Dentro

P.A

Estamos em pleno mês de Julho e o português começa já a arregaçar as mangas e a esfregar as mãos de felicidade, quais cobaias salivantes no condicionamento clássico de Pavlov. Até parece que o calendário do computador muda. Em vez de vermos dias, só vemos o countdown para as férias. E com o subsídio no bolso ou em vias de, aumenta ainda mais a fome de saltar dali para fora, mal chegue o dia.

E quando finalmente chega, parece que se junta uma euforia tal como aquela da primeira vez em que os pais saem de casa para férias e o filho não pode ir "porque tem de estudar para a faculdade".

 

Ah que tristeza aquela mal eles fecham a porta. Que grande azar me sucedeu ali, naquele instante. Lembro-me bem de me agarrar aos livros a semana toda. Sempre a estudar a Análise Matemática da festa em casa dos pais do P.A e a Álgebra Linear necessária para depois deixar a casa em condições e igual ao que estava.

 

Bom, mas euforias e "tristezas" académicas à parte, nestas férias, para onde ir afinal? Que destino escolher?

Ficar por Portugal? Ir para fora?

Tentar não ir para Paris porque ela apanhou o bouquet e isso seria deveras óbvio? Trafaria então?

Não sei.

Trafaria ou não, o que é certo é que recentemente encontrei um local que satisfaz simultaneamente todas estas questões.

É um literal vá para fora cá dentro que aconselho a experimentarem. Nem que seja uma vez.

 

Se por acaso já lá foram, nem precisam de esperar pelo fim para adivinhar.

 

Comecemos então.

 

Neste pedaço de terra português:

 

- Os empregados do hotel dizem "Room Service" depois de vos baterem à porta. Algo que ao início, por desconhecimento, respondi "Santinho". Podia ser alguma corrente de ar, uma porta mal fechada.

- Está a dar o Benfica, mas todas as TV's estão na Eurosport a passar um combate de boxe. Não estou em Portugal definitivamente.

- Todas as outras pessoas, possuem pele extremamente branca e/ou avermelhada, chinela com peúga branca e sotaque semelhante ao do James Bond. Mas não deste agora. Dos primeiros.

- Apercebes-te da cultura deste novo povo que habita no teu país, quando nas saídas à noite, não querem cá misturas. No fundo é como se todas as noites fossem despedidas de solteiro. Grandes grupos de homens e grandes grupos de mulheres. Casais separados. Mas que depois ficam a galar-se à distância de uns 50 metros, sem nunca se juntarem. Comprei pipocas e tudo para ver.

Perdão, PopCorns.

- Queres ir a um café? Não há. Chama-se PUB. Aprende.

- Os restaurantes pelo menos tiveram algum cuidado, como recebem aparentemente alguns portugueses em Portugal, traduziram a carta para português, em letras pequenas e mais suaves, mas estava lá. Dava para ler. É que mais um bocado e ia comendo Sardines ou Seafood que até me podiam fazer mal, sei lá.

- Sentes-te bem e ao mesmo tempo mal por todos os empregados repararem logo que és português. E nem precisaste de mandar  para trás as entradas. Ou teres deixado aqueles abastados 3 euros de gorjeta. De peito cheio. 

- Na rua, és o único a usar casaco.

- Passas por um lago perto do hotel para tirar uma foto e até as rãs têm british accent.

 

 

Sejam muito bem-vindos a Vilamoura, reserva nacional da qualidade de vida, onde de facto vieram mesmo charters, mas do Reino Unido.

 

Mas agora que já vos ajudei para este ano...

 

Trafaria, alguém tem dicas?

Onde comer, o que conhecer? Essas cenas.

Agradecia.

 

 

 

 

P.A

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