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A minha namorada apanhou o bouquet

Um local de paz e reflexão, mesmo tendo ela apanhado o bouquet.

A minha namorada apanhou o bouquet

Um local de paz e reflexão, mesmo tendo ela apanhado o bouquet.

Ter | 28.03.17

Como é ir ver um jogo de Portugal

P.A

Um bom português, de sangue puro, decide às 15 horas do próprio dia que afinal, se calhar, até quer ir ver o jogo de Portugal que começa apenas 4 horas depois.

E pior, pensa que teve uma grande ideia. 

 

Na realidade esse nem é o problema. O verdadeiro problema do bom português é que nunca há só um.

 

Este sábado, eu fui um bom português.

Quando cheguei ao Colombo, na esperança que ainda existissem bilhetes para venda, mal viro para o Continente, travo bruscamente contra um muro de gente. Sim. Era a fila para os bilhetes. Estavam lá os meus irmãos todos. Desde o bom português Alberto, à Maria, passando pelo pequeno Américo e acabando com último da fila: Eu.

A primeira coisa que pensei é que mesmo que ainda existam bilhetes quando chegar a minha vez, de certeza que serão para lugares onde já não dará para ver o João Moutinho. Mas que poderia fazer agora? Quando entretanto já tinha mais 20 irmãos atrás?

Fiquei.

Quem adorou a situação foram os elementos femininos que me acompanhavam, dos quais destaco a menina que apanhou o bouquet que prontamente se voluntariou juntamente com a irmã a ficar na fila. Mas não comigo claro.

Falo das filas da Zara, Primark, Bershka e mais não digo que já estou com tonturas.

Resumindo, um dia de sonho para elas. Pena aquele detalhe chato de terem de ir ver bola.

E eu?

Fiquei, claro. Antes ali!

 

Mas e quem estava a trabalhar no meio da confusão?

Para as empregadas do apoio ao cliente do Continente foi um dia normal. Triste, mas normal.

Habituadas a atender milhares de pessoas por dia estão elas, o problema é que estava toda a gente alegre, em festa e nem um ferro de engomar ou torradeira foi devolvido naquele dia. Confesso que me tocou. Notava-se que estavam em baixo, implorando por um berro, uma expressão menos simpática, um ligeiro murro na mesa, algo que as animasse, mas em vão. O bom português nestas coisas porta-se bem. Nem o pequeno Américo chorou.

 

Chegou a minha vez.

 

Confirma-se, não vou ver o João Moutinho.

 

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 (e não vi mesmo...)

 

P.A.

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