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A minha namorada apanhou o bouquet

Um local de paz e reflexão, mesmo tendo ela apanhado o bouquet.

A minha namorada apanhou o bouquet

Um local de paz e reflexão, mesmo tendo ela apanhado o bouquet.

Qui | 20.07.17

A Hóstia do Dia-a-Dia

P.A

Porque é que quando temos pastilhas ou algo do género, temos de dar a toda a gente?

Eu não sei se este tema vos tira o sono ou não, mas a mim tira-me bastante na vida. Ao ponto de ficar sem pastilhas.

Fico sem travões portanto. [bela piada, hein?]

 

Mas onde está afinal tal coisa escrita? Tal ordem do dia?

Nos 10 mandamentos não está. Até porque mentos não são pastilhas e se fosse mandar só 10, estava eu bem.

Digam-me, por favor, onde está ou quem foi que o fez, que quero conhecer esse grande senhor ou senhora que resolveu um dia iniciar este processo! A sério que quero!

Gostava de compreender se ele, ou ela, pudessem voltar agora atrás no tempo, se realmente voltavam a fazer o mesmo. De certeza que a intenção era boa, mas fugaz. Não duvido.

Não mediram, pela certa, o impacto que esta sua elasticidade distributiva veio trazer ao mundo.

É que nem Jesus Cristo, nas suas boas acções, distribuiu pastilhas elásticas, só porque foi comprar ali ao lado um pacote e não foi suficientemente rápido a esconder. Nem Judas, ao ver, gritou : "Tens pastilhas!!, Dá-me uma!"

Nem Judas! Meus amigos! Nem Judas!

 

É que depois ainda há essa. Há sempre aquela alma que nasceu para ser sirene de bombeiros, que é aquele colega que assim que se apercebe que estamos a guardar discretamente uma embalagem (Nota relativamente importante: A GUARDAR A NOSSA EMBALAGEM) resolve abrir aquela garganta e dar o alerta geral a plenos pulmões. Numa espécie de chamamento animal em plena savana, invocando assim todas as suricatas das pastilhas elásticas, até então adormecidas, que estavam pelas redondezas.

Em três tempos, fica-me logo tudo ali, à minha frente, firme e hirto e de braço estendido, à espera daquela hóstia elástica do Padre P.A.

 

(imagem)

 

"Deus te pague" - dizem, já mascando. 

 

Ora eu que não fui para padre, mesmo tendo sido esse um dos resultados dos psicotécnicos do secundário, parece que não me livro de andar a comungar semanalmente almas alheias por via da Trident Fresh Sem Açúcar. Será chamamento? É que já tentei mudar de pastilhas várias vezes para me libertar deste ritual, mas descobri que possuo um rebanho bastante ecléctico no que trata a marcas e sabores pastilhieiros. Não largam a minha paróquia nem por nada.

É que o padre no fim da missa ainda bebe o vinho. Eu, a única coisa que ganho é uma caixa de pastilhas mais vazia que um confessionário em dia de receber políticos.

 

Mas pronto eu percebo que não concordem, eu tenho aquele gosto estranho que se calhar é só meu, não sei, que é até apreciar ter pastilhas elásticas quando as compro.

Não sei porquê, parece-me fazer sentido. Se eu vou de propósito comprar, faz sentido ter. Não é? Até parece ter lógica.

Mas se calhar não tem. O normal é não ter, aparentemente.

No fundo é como o nosso ordenado, todos nós que trabalhamos, recebemos uma embalagem cheia de euros ao fim do mês, só que depois alguém do fisco vê, abre aquela boca de puto estúpido da turma e aponta na nossa direcção. E pronto, no fim, só nos resta aquela caixa meio vazia que tem de dar para o resto do mês.

 

E as suricatas do estado ali, a rirem-se,  a mascar a nossa metade.

 

P.A

 

E já agora, por falar em suricatas, feliz dia do amigo!

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