Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

A minha namorada apanhou o bouquet

Um local de paz e reflexão, mesmo tendo ela apanhado o bouquet.

A minha namorada apanhou o bouquet

Um local de paz e reflexão, mesmo tendo ela apanhado o bouquet.

Qua | 25.04.18

Palavras Cruzadas - Por favor não me tirem o humor...

P.A

Quer dizer, aquele de segunda-feira de manhã, podem levar. E o outro de quando estou cheio de fome também. 

 

Mas o bom humor não. Esse deixem-no ficar.

 

Até porque ao fim destes anos todos de Monty Python, Herman Enciclopédia, Gato Fedorento e mais recentemente Bruno de Carvalho, já estou meio que apegado ao bicho. De tal forma que dou comigo, qual guloso em busca da sua barra de chocolate, meio embaraçado - meio entusiasmado, sempre à procura de mais um bocadinho de bom humor. A parte boa é que ao contrário do consumo avulso de chocolate, este não causa nódoas ou diabetes.

A digerir uma boa piada, faz-se é muito mais barulho.

Mas não é só para alimentar a minha dependência de viciado em boa disposição que o humor serve. Nada disso. O humor já me ajudou várias vezes a perceber melhor o que é a vida.

 

Na escola por exemplo, quando aquele colega bruto vem na tua direcção para te bater e tu resolves em último recurso dizer uma piada seca de salvação, uma vez que ele tem o dobro do teu tamanho e tu estás em pânico:

"Tu sabias que és tão macho, tão macho, que não tens omoplatas? Tens heteropatas..."

Descobres nesse momento uma das leis fundamentais da vida: o humor mal aplicado pode doer ainda mais.

 

Ou então para seduzir a pequena Carolina da minha turma que era má a Matemática:

"Era uma vez um esquilo tão pequeno, tão pequeno, que não se chamava esquilo, chamava-se esgrama".

Descobres nesse momento outra lei fundamental da vida: o humor não é percepcionado de igual forma por todos, principalmente pelos que ainda frequentam o sexto ano de escolaridade.

 

E assim fui crescendo, aprendendo a viver e encarar as situações sempre com a presença deste fascinante ingrediente que é o bom humor. 

Que até pode não chegar sempre a todos, mas pelo menos alimenta e completa a nossa boa disposição.[frase muitas vezes dita por clientes habituais do conhecido estabelecimento de Stand Up Comedy Lisboeta - Júlio de Matos] 

 

Por isso, não me tirem o humor está bem?

Não se ponham na faixa da esquerda da estrada a 20 km/h, ok? 

Nem façam a porcaria das rotundas todas por fora ok???

Nem esperem que anoiteça antes de se meterem na estrada quando eu estou atrás à vossa espera e não passou nenhum carro nos últimos 10 MINUTOS!!!

 

10 MINUTOS!!!

 

Bom, lá vou eu ter de recorrer outra vez ao bom humor.

 

Sabem porque é que o giz é tão barato?

 

Porque é de marca branca.

 

 (imagem)

 

P.A

 

Última lei fundamental do humor: mais do que 3 piadas secas no mesmo post, arruínam qualquer blog.

 

_____________

Este foi mais um texto da rubrica Palavras Cruzadas, criada em parceria com a Rita da Nova. A ideia é irmo-nos desafiando uns aos outros através da escrita e escrevermos sobre temas que saem um pouco da nossa zona de conforto ou registo. Mas não só entre nós! Vocês também podem sugerir temas e escreverem também se gostarem das sugestões!

Esta semana escolhi eu. Para daqui a duas semanas, escolhe a Rita! Vão ver ao blog dela o que ela tem a dizer (e tem muito!) sobre o humor.

 

Qua | 11.04.18

Cheira bem, mas não a Lisboa

P.A

Se os nossos 5 sentidos estudassem todos na mesma escola, o olfacto seria aquele pobre coitado, low profile, diariamente bullyzado pelas bullys visão e audição, sem tacto nenhum, em que o paladar lhe tentava roubar constantemente o lugar à mesa. Em que por mais que se esforce, se os outros sentidos não cooperarem, não vai a lado nenhum. Uma espécie de Nuno Markl em adolescente.

 

Imaginem agora por momentos que a minha única característica atractiva para o público feminino era o meu cheiro. Mas não é cheirar bem. Era algo divinal. Ao ponto das perfumarias fazerem fila para retirar o meu suor néctar. [não confundir com sumol]

Mas, em contrapartida, de tão pouco aprazível à vista que era, se me vissem no Tinder, dava erro. No smartphone e no vosso cérebro também. 

Por muito que eu escrevesse que cheirava bem na descrição da foto, tirando provavelmente duas ou três Assistentes Sociais, não teria mais like nenhum.

 

Nuno Marklizámos o olfacto.

 

Já do ponto de vista negativo da coisa, se o Olfacto por acaso falha um dia ou simplesmente chega uns minutinhos atrasado, já passa a ser altamente incorrecto e criticado.

Imaginem agora que eu era o Brad Pitt. Desculpem não chega.

Imaginem agora que eu era eu. Para manter o divinal da coisa mais uma vez.

Imaginem agora que eu cheirava igual ao pêlo farfalhudo debaixo do braço daquele passageiro de hora de ponta que está ao nosso lado de pé no autocarro, sem ar condicionado, em pleno Agosto, parado no trânsito de regresso da praia, com o sol a bater de chapa há 3 horas. [Sim, confirmo que andei nos TST da Costa da Caparica.]

A partir daí toda a visão de Brad Pitt, perdão minha, passaria a ser substituída por um franzir de olhos e tiques de levar a mão ao nariz constantes para evitar tão penosa situação.

 

É exactamente por isso, por inconscientemente maltratarmos o nosso olfacto que hoje resolvi eleger uma boa memória a partir deste sentido.

 

Uma memória que me transporta não para Lisboa, mas para Santarém, para a minha infância, naquele preciso momento em que acordo de manhã com o cheiro a torradas acabadinhas de fazer pela minha avó.

 

Bem melhor do que acordar ao som de um despertador não?

 

Olfato:1 

Audição:0

 

E vocês que viagens têm para contar?

 

 

(imagem)

 

P.A

_____________

Este foi o décimo texto da rubrica Palavras Cruzadas, criada em parceria com a Rita da Nova. A ideia é irmo-nos desafiando uns aos outros através da escrita e escrevermos sobre temas que saem um pouco da nossa zona de conforto ou registo. Mas não só entre nós! Vocês também podem sugerir temas e escreverem também se gostarem das sugestões!

Esta semana escolheu a Rita. Para daqui a duas semanas, até tenho algo mais sério desta vez: proponho que falemos sobre Humor. A sua importância. Porquê? Quando? e Quanto?