Os 100 dias de Trump
Dia 29 de Abril de 2017, o empresário-presidente Donald Trump chega ao número redondo dos 100 dias na casa mais pequena onde já alguma vez habitou. Aquele pálido T4, nos arredores de Washington, com kitchenette e jardim com vista desafogada, a que apelidam, provavelmente por falta de imaginação, de "Casa Branca".
Eu sinceramente não gostava. E limpar? Ainda por mais a zona é conhecida por ter ventanias das fortes, daquelas que até lhe chamamos nomes de ex-namoradas psicopatas, a katrina então foi terrível, depois fica-me ali o jardim sempre todo cheio de folhas. Não. Eu não presidia. Amigos e tal, mas eu não presidia ali.
Bom mas além deste sacrifício imobiliário que Donald Trump, pela pátria, foi obrigado a cometer, o que mudou neste tempo? Que objectivos foram afinal cumpridos?
Não sei se se recorda, mas durante a campanha, Trump apresentou um plano que se comprometia a executar nos seus primeiros 100 dias de mandato. A realidade é que não o cumpriu, pelo menos não na totalidade.
Mas diga-me uma coisa, como pode achar que nada foi feito quando o principal número, ao contrário do previsto pela maioria dos críticos, foi largamente atingido?
Falo-vos não do número do défice, não da desigualdade social, nem mesmo do número de mortes pelo acesso fácil ao uso de armas, mas sim do número que realmente importa:
O número de seguidores no Twitter.
Nunca em outra presidência este número escalou tão rápido em pouco tempo, estando agora nos 28 milhões de seguidores. #ItsHuge-ItsTrue
E aquela comovente demonstração de que a família é mais importante, colocando a filha a gerir assuntos seus? #FamilyFirstNotAmerica
E quem não se recorda da forma categórica como afastou toda a problemática machista que o envolvia, quando perante o seu primeiro grande impasse militar preferiu contratar a "Mãe de todas as bombas" e não o Pai? Belo estalo de luva branca nesses críticos invejosos. #MotherInYourFaceHaters
E assim foram os primeiros 100 dias.
Faltam 1360.
(imagem)
P.A