Aquelas torneiras automáticas...
Caro senhor responsável por este tipo de torneiras, principalmente aquelas sem sensores que precisam de um pequeno toque para começar, perceba uma coisa:
Eu quando entro na casa de banho onde trabalho e quero lavar as mãos, não me quero sentir um concorrente do novo programa da Cristina. Sempre a correr.
Graças à sua ideia, algo que devia ser equivalente a um Spa para as minhas mãos, transforma-se numa sequela mal feita de um qualquer episódio da série 24. E eu não sou o Jack Bauer dos lavatórios.
É que quando carrego na maldita torneira, já sei que tenho apenas 7 segundos para molhar um pouco as mãos, correr para o sabonete e voltar novamente para a torneira para concluir o processo. Diga-me, Spa onde?
Como é óbvio, 7 segundos não chegam. Principalmente se o sabão não está logo ali.
Claro que a história acaba sempre da mesma forma. Um P.A triste, derrotado e com mãos cheias de sabão à frente de uma torneira seca, que outrora correu água.
Que desilusão.
Tenho de voltar a carregar na sua amiga torneira.
E, como é óbvio, 7 segundos são agora um exagero.
Em 2 segundos estou pronto a sair e a torneira continua a deitar água. Ainda tento puxar o gatilho para acelerar o processo, mas em vão, continua a correr. O pânico inicial deu agora lugar à mágoa.
Toda aquela água a correr em vão. Só porque eu não consegui à primeira.
Assisto impotente a todo aquele velório aquático.
Por fim termina.
Suspiro.
Saio da casa de banho de mãos bem lavadas, verdade.
Mas de consciência bem poluída.
P.A.
(Amigo, altere lá isso para os 10 segundos está bem? Sempre são menos que ter de carregar duas vezes... Ajuda-me a mim e a quem paga a água.)