Ala que se faz tarde!
Amigo,
Eu não o conheço, mas tenho de lhe agradecer hoje. Graças a si, senti-me um rebelde, um verdadeiro fora da lei.
Senti-me uma bicicleta na auto-estrada.
Eu já ando rápido, mas a sua pressa e ânsia eram tais que quando me ultrapassou no passeio, pensei que tinha o meu pé furado ou algum problema com o pulmão direito. Se não tivesse acabado de tomar o pequeno-almoço, diria que precisaria de atestar.
Mas não.
A máquina estava boa, o depósito meio cheio e a velocidade era a normal.
Estava tudo bem.
Então que raio de aditivos anda aquele senhor a tomar? Sem chumbo é de certeza e gasóleo não bate assim.
Ainda por mais estamos a falar de um senhor Ford Transit contra um jovem descapotável P.A...
Aproveito os poucos segundos que me restam para tentar perceber que magia seria aquela.
Parece-me tudo normal.
Até que olho para a mão direita do senhor.
Ele está a segurar qualquer coisa...
Não é um foguete.
Não é um avião.
Também não é o super homem se é isso que estavam à espera.
Mas é algo muito, mas muito mais potente, algo que deixa qualquer homem em pânico se for visto na rua com tal coisa:
Um ramo de rosas.
(imagem)
P.A.